Por Sofia Esteves, presidente do Conselho do Grupo Cia. de Talentos
Em um mundo cada vez mais complexo e mutável, os profissionais e empresas precisam se adaptar para se manterem competitivos. Neste novo cenário corporativo, a construção de novas competências se mostra cada vez mais necessária e valorizada. Entre elas está a habilidade de resolução de problemas ou problem solving.
E como desenvolver esta competência? Um bom começo é investir no aprendizado contínuo, buscar novos conhecimentos, novos saberes, além de entender as tendências e desafios das áreas de atuação. Experiências e outras vivências de trabalho também ajudam e muito no desenvolvimento desta habilidade cognitiva, assim como as relações interpessoais, tão necessárias para o sucesso na carreira de qualquer profissional, pois geram um networking de qualidade, contribuem para um clima positivo na equipe e mantém o foco das metas e objetivos da empresa.
O processo de problem solving tem alguns passos a serem seguidos, com o objetivo de ter organizar, estruturar as respostas certas para cada situação.
Estruturar o problema
Pensar antes de agir e estruturar o contexto e as circunstâncias do tema que está em discussão e organizar quais perguntas precisam ser respondidas, antes de começar a executar qualquer ação. É a fase mais crítica de todo o processo, pois muitas vezes, é difícil chegar às respostas corretas se as perguntas estiverem erradas. Aqui, são definidas as hipóteses de trabalho, a abordagem que será utilizada e quais análises serão necessárias. Importante, compartilhe com os superiores o conflito que está vivenciando, o que tem em mente e quanto tempo precisa para solucioná-lo.
Realizar análises
O propósito de realizar análises é comprovar (ou não) as hipóteses definidas na primeira etapa. Esta fase deve contemplar um plano de trabalho que inclua coletar dados, priorizar os passos mais importantes e definir como será a execução.
Traduzir resultados em insights e recomendações
Com base nos fatos e dados coletados, esse momento promove a constatação de quais suposições foram comprovadas e quais não. A partir disso, é que se determinam as recomendações que resolverão a questão do cliente (problema externo) ou da própria empresa (problema interno). Pense em ações possíveis, determine quais as funções da equipe e aí sim execute o plano.
Os profissionais que não têm medo de fazer perguntas, que dão atenção aos detalhes, não supõe, conclui a partir de uma análise estruturada, não fica tentando encontrar culpados quando o conflito aparece, têm paciência e autocontrole, são os que possuem características fundamentais de um bom “solucionador de problemas”. Tenha em mente sobre a importância de desenvolver a inteligência emocional, que é a capacidade humana de trazer o melhor de si de maneira eficiente, além da capacidade de se conectar com o meio social e de produzir os melhores resultados dessas conexões.
Fonte: Exame.com - 26/03/2019