Sabe aqueles selinhos que as grandes redes de supermercados entregam aos clientes depois da compra para trocar por uma panela francesa ou outro utensílio doméstico de valor agregado considerável? Por trás dessas campanhas de fidelização de curto prazo que promovem o engajamento e a interação dos clientes e começam a ganhar força no Brasil existe um mercado com elevado potencial. “Um varejista que fatura R$ 1 bilhão ao ano já tem condições de fazer esse tipo de campanha promocional”, afirma Beatriz Ramos, CEO da operação de R$ 200 milhões anuais da BrandLoyalty no Brasil.
Holandesa, a empresa é líder no mercado global e aqui. De 6% a 15% de aumento nas vendasNeste ano, a BrandLoyalty espera ampliar seu faturamento para R$ 300 milhões, confiante na ascensão desse mercado, que tem muito a avançar no País, segundo Ramos. “Para os varejistas, o resultado é 6% a 15% de aumento nas receitas. E nos clientes cresce a percepção de qualidade e alto valor agregado nos produtos dados em recompensa às compras”, argumenta a CEO.
Ela acrescenta que essas campanhas estão mudando o comportamento dos consumidores, que não se satisfazem mais em ceder seus dados às lojas “em troca de R$ 5 de desconto ou de uma caneca”.
Brasil é quinta operação da BrandLoyalty
Pioneira no País – onde está há oito anos –, a subsidiária brasileira tem, hoje, entre seus clientes locais redes do porte do Pão de Açúcar, Extra, Makro e Dia % e regionais, como Supermercados COOP e Super Muffato.
A operação brasileira já figura como a quinta maior no ranking da BrandLoyalty, que opera em 60 países ao redor do globo, em três continentes. Em sua página no LinkedIn, resume os objetivos da empresa como aumentar a participação dos varejistas no coração e na carteira de seus clientes (Share of Wallet & Share of Heart).
Novos hábitos do consumidor
Certa de que outros players globais que atuam no mercado de campanhas promocionais com entrega de recompensas desembarcarão no Brasil em breve, atraídos pelo potencial elevado, Ramos enfatiza que a evolução do comportamento dos consumidores também faz parte do movimento de disrupção do varejo e da democratização do consumo de mercadorias consideradas caras para algumas faixas de renda. “Outra grande vantagem é que tudo acontece dentro da loja, no curto prazo, sem necessidade do cliente entrar em site ou ligar para o 0800”, ressalta.
A logística por trás dos selinhos
Mas para que o consumidor receba os selos na hora da compra, faça a coleção e depois retire as recompensas, há uma logística que não pode falhar. A começar pelos selinhos, feita com a mesma tecnologia de impressão de papel moeda para evitar fraudes, conta A CEO da BrandLoyalty. A empresa tem 30 colaboradores no Brasil, que fazem desde o planejamento da campanha, seis meses antes, indicam os fornecedores de produtos no exterior para a importação, gerenciam os estoques para evitar falta nas lojas, distribuem os selos.
Fonte: DCI - 16/05/2019