Encontrar o “emprego dos sonhos” é uma realidade cada vez mais distante para milhões de brasileiros. Em tempos de crise econômica, muitos se contentam com funções que não os satisfazem, por temerem fazer parte da enorme parcela de profissionais em busca de recolocação.
De acordo com pesquisa realizada em 2017 pela Gallup, 72% dos profissionais não gostam do próprio trabalho e, 18% desses insatisfeitos estariam dispostos a prejudicar a empresa em que trabalham. “É um cenário que infelizmente ainda afeta boa parcela da população.
Nesses casos, tentar mudar de área pode ser uma saída antes de se desligar do cargo. Em contrapartida, saber a hora de sair ou entender que a demissão pode ser a melhor opção é essencial para o crescimento profissional”, explica Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller “O Segredo do Sucesso é Ser Humano” e também de “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil”.
Ela lista os principais indícios de insatisfação com o trabalho:
“Fobia” dos domingos
Você é daqueles que, logo no início do domingo, tem um sentimento ruim em relação à segunda-feira? Geralmente pessoas que não estão felizes com o trabalho desenvolvem ansiedade e, no final de semana, sentem a pressão que sofrem em todos os outros dias da semana.
“Sentir preguiça aos domingos pode ser comum, o problema está quando a pessoa passa o dia todo desanimada pelo fato de ter que ir trabalhar no dia seguinte. Isso pode ser um sinal de que algo não vai bem na vida profissional”, comenta Susanne.
Relação ruim com colegas de trabalho
Pode parecer que não, mas é preciso ter ao menos um amigo no ambiente de trabalho. Ter uma relação de amizade com alguém proporciona momentos de descontração durante o expediente, para um café, ou até no horário de almoço. “Muitas vezes a pessoa trabalha em uma empresa e se sente sozinha, o que afeta diretamente o seu desempenho e a sua vontade de ir trabalhar”, avalia.
Procrastinação nas entregas
Postergar tarefas é a principal atitude de quem não está satisfeito com o que faz, e pode trazer grandes prejuízos para a empresa. Colaboradores insatisfeitos contribuem para a piora dos resultados da organização. “Por outro lado, o elevado esforço para poucos resultados geram ansiedade e falta de energia que só potencializam a infelicidade do colaborador. Trabalhar deve ser prazeroso”.
Ansiedade e outros sintomas físicos
Quem nunca saiu do escritório com a sensação de que ficou devendo alguma atividade? Ou fez uma lista na agenda de tarefas que devem ser realizadas no dia a dia? A ansiedade se tornou a doença do século e pode se manifestar por meio de dor de estômago, dor de cabeça, insônia. “Precisamos ter cuidado para não desenvolver a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), como se a nossa mente fosse uma maratonista que corre sem saber onde quer chegar. O pensamento pode viajar por diversos lugares ao mesmo tempo”, pondera.
Trabalho no “piloto automático”
A pessoa acorda, se arruma, vai para o trabalho, e tudo passa a ser feito de modo mecânico, sem questionar processos nem mesmo o por quê aquilo está sendo executado. “É preciso refletir quais são os fatores que tiram o entusiasmo dos profissionais, e procurar um significado maior para o trabalho e para a vida. Só assim é possível ser feliz no trabalho”, finaliza a especialista.
Fonte: Portal Newtrade - 21/08/2018