Compaixão. Essa seria a característica que faz um líder se destacar entre os outros, de acordo com Rasmus Hougaard e Jacqueline Carter, a partir de pesquisa realizada com cerca de mil líderes de mais de 800 organizações. O estudo, divulgado na Inc., identificou que um gestor que lidera com compaixão estimula a melhor colaboração da equipe, maior comprometimento dos funcionários e diminui a rotatividade de funcionários.
Os pesquisadores descobriram que os líderes que demonstraram altos níveis de compaixão, tinham equipes que pontuaram mais alto em dinâmicas críticas de desempenho dentro de suas organizações.
O estudo analisou o nível de colaboração entre os membros da equipe em diferentes organizações e descobriu que a liderança compassiva era o fio condutor entre as empresas com altos níveis de colaboração interna. Altos níveis de compaixão, descobriram os pesquisadores, inspiraram níveis mais altos de confiança entre os integrantes da equipe, que eram mais propensos a compartilhar informações importantes com os colegas dentro e fora de sua equipe.
Além disso, os pesquisadores descobriram que a compaixão é um ingrediente essencial para promover um forte compromisso entre os funcionários e o empregador. Quando o líder demonstra empatia, mostra consciência sobre a situação daquele momento e é percebido como alguém que age de forma justa, os funcionários tornam-se mais comprometidos com a causa e, portanto, estão mais aptos a se esforçar quando é necessário.
O nível de rotatividade também apresentou uma queda de 15% em empresas lideradas por gestores compassivos. Isso não é pouca coisa. Considerando uma empresa de 50 funcionários, uma melhoria de 15% na retenção de funcionários pode se traduzir em quase US$ 400 mil em lucro adicional por ano, segundo análise da Inc.
Fonte: Época Negócios - 29/05/2018