Cerveja e Saúde
Um abismo silencioso parece dividir comunidade médica quando o assunto é álcool. De um lado, a maioria dos médicos do planeta se desdobra para combater o alcoolismo, mal que, segundo o Conselho Internacional de Álcool e Adição, afeta mundialmente 140 milhões de pessoas. De outro, um grupo mais modesto, cada vez mais se interessa em estudar os benefícios do consumo moderado de cerveja para a saúde. Incentivados pela Associação de Cervejeiros da Europa, médicos de distintas especialidades e regiões se reúnem, desde 1999, há cada dois anos para apresentar estudos e novidades sobre o assunto. A terceira edição do evento, o Beer and Health Simposyum (Simpósio de Cerveja e Saúde), aconteceu em outubro em Bruxelas, na Bélgica, e apresentou benefícios para a saúde capazes de fazer até os abstêmios mais convictos tremerem diante de uma cerveja gelada.
Cruzamentos de estudos epidemiográficos anteriores foram analisados pelos especialistas do simpósio e mostraram que pessoas que consomem de uma a quatro doses diárias de cerveja têm menos chances de desenvolver uma série de patologias. Entre elas, a diabete tipo 2 (aquela adquirida na vida adulta), a osteoporose (mal que enfraquece os ossos) e doenças cardiovasculares, como arteriosclerose, isquemias cerebrais e derrames. Isso porque o álcool “afina” o sangue e aumenta o HDL (o bom colesterol) e diminui o mal (LDL). A dose ideal, entretanto, varia de pessoa para pessoa, mas os defensores dos benefícios da cerveja aconselham até duas latas da bebida para mulheres e até quatro para os homens. “Isso porque o organismo feminino é mais suscetível aos efeitos do álcool do que o masculino”, explicou o cardiologista alemão Ulrich Keil. O trabalho apresentado pelo especialista da Universidade de Münster mostrou que quanto menor o consumo de álcool nos países europeus maior a incidência de doenças coronárias. E mais: o consumo de até 30 gramas de álcool por dia (aproximadamente quatro latinhas de cerveja) reduz em até 25% as chances de desenvolver doenças cardíacas.
O estudo apresentado pelo endocrinologista Ivo de Leeuw, chefe do departamento de diabetologia da Universidade da Antuérpia, na Bélgica, traz boas novas para os portadores de diabete tipo 2. Além de a incidência da doença ser 36% menor em pessoas que fazem uso moderado da cerveja, a bebida não precisa mais estar na lista dos alimentos proibidos. “A combinação do lúpulo com o álcool, ainda não se sabe ao certo por que, ajuda a regularizar a produção de insulina no organismo, e com isso mantém as taxas de glicose mais sob controle”, disse. Outra grande novidade do 3rd Beer and Health Simposyum foi o trabalho apresentado pelo ortopedista inglês Jonathan Powell, do King’s College. “Pessoas com histórico familiar de perda de massa óssea, a chamada osteoporose, devem pensar em substituir todas as bebidas alcoólicas por cerveja”, disse o especialista. Isso porque o etanol, presente no álcool, afeta a saúde dos ossos. A cerveja, por sua vez, além de ter as menores porcentagens etílicas, possui silício em sua fórmula. A substância, um mineral presente no solo, está tanto na água quanto no malte que vão dar origem à cerveja, e é tão importante para a saúde óssea quanto o zinco e o cálcio.
Fonte: Revista Isto É, edição 1779
Cientistas canadenses e americanos acreditam que a cerveja faz bem para a visão e pode ajudar a evitar o aparecimento de doenças como a catarata.
Segundo eles, as cervejas contém altos índices de enzimas antioxidantes que, além de melhorar a visão, também podem prevenir doenças cardíacas e fazer bem para os diabéticos.
Mas os pesquisadores advertem que isso não é desculpa para exagerar na cerveja. Eles recomendam tomar uma dose de cerveja por dia para aproveitar os benefícios que a bebida pode trazer para a saúde.
As cervejas que mais contêm antioxidantes são as do tipo Ale e Stout, muito consumidas na Grã-Bretanha e outros países europeus. No Brasil, as cervejas mais populares são as Pilsen.
Cientistas canadenses e americanos acreditam que a cerveja faz bem para a visão e pode ajudar a evitar o aparecimento de doenças como a catarata.
Arteriosclerose: As propriedades da cerveja que fazem bem à visão foram identificadas após a realização de testes com ratos.
Os cientistas concluíram que as enzimas antioxidantes evitam o surgimento de lesões nos olhos que no futuro podem levar à catarata.
Os Estados Unidos gastam US$ 4 bilhões por ano para pagar operações de tratamento de catarata.Em outro estudo, pesquisadores da Pensilvânia suspeitam que a cerveja pode ajudar a reduzir em até 50% as ocorrências de arteriosclerose.
Eles deram cerveja para hamsters e observaram que a chance de desenvolver a doença caiu consideravelmente.Mas os antioxidantes responsáveis pelo fenômeno também podem ser encontrados em outras bebidas como o chá e o suco de uva.
Fonte: BBC Brasil
Estudo efetuado na Espanha sugere que o consumo moderado de cerveja poderá favorecer o envelhecimento de forma saudável. De acordo com a pesquisa, o lúpulo, um dos ingredientes da cerveja, influência de forma positiva o funcionamento sanguíneo do metabolismo oxidativo.
Desta forma evita-se a oxidação das células, e conseqüentemente diminui-se o risco de doenças cardiovasculares, do aumento dos níveis de triglicerídeos e do colesterol total. No entanto, o consumo em grandes quantidades de cerveja é, como se sabe prejudicial para a saúde. É necessário realizar uma dieta equilibrada onde o consumo da cerveja é realizado de uma forma moderada que, segundo os investigadores, previne algumas doenças associadas à terceira idade.
Fonte: Farmácia, por Pedro Santos
Cerveja não te faz ganhar peso excessivo, a "barriga" de cerveja é um mito, alegaram cientistas britânicos na publicação dos resultados de uma pesquisa no início deste mês.
Um grupo de pesquisadores britânicos e checos realizou um experimento que abrangeu mais de 2.000 amantes da cerveja checos (de acordo com as estatísticas, a República Checa tem o maior consumo per capita anual de cerveja). Não foi estabelecida ligação entre a quantidade de cerveja consumida e os volumes da cintura dos participantes. Os cientistas chegaram à conclusão de que a relação causa-efeito entre a cerveja e a obesidade é fundamentalmente errada.Os participantes foram homens e mulheres de 25 a 64 anos selecionados aleatoriamente ou eram absolutos abstêmios ou bebiam apenas cerveja. A pesquisa mostrou que os homens checos consomem em média 3,1 litros de cerveja por semana, enquanto que as mulheres pararam em moderados 0,3 litros por semana. Porém, foi descoberto um número de viciados em álcool (alcoólatras) entre os participantes: cerca de 3% dos homens bebiam mais de 14 litros de cerveja por semana, e 5 mulheres declararam poder beber até 7 litros durante o mesmo período.
Após o questionamento, os participantes passaram por um exame médico: foram estabelecidos o seu peso, medidas da cintura e quadris, bem como foi calculado o seu índice de massa corporal. Todos esses indicadores são necessários para estabelecer o grau de obesidade.
Após ter processado os resultados, os pesquisadores afirmaram que não encontraram uma ligação entre a quantidade de cerveja geralmente consumida pelos participantes e a obesidade, assim como observaram que o desenvolvimento de uma "barriga de cerveja" não é o resultado de beber a bebida espumante.
"Existe uma opinião banal de que os amantes de cerveja são sempre mais corpulentos que aqueles que não bebem de todo ou preferem vinho ou outras bebidas alcoólicas fortes. Este equívoco é refletido na expressão ‘barriga de cerveja’,” que os cientistas mantêm.
Em outro estudo publicado no início deste ano, pesquisadores italianos afirmam que a inclinação para desenvolver a chamada "barriga de cerveja" é geneticamente determinada.
Entretanto, não se apresse em beber tanto quanto possível após a leitura deste artigo.
Quantidades demasiadamente grandes entorpecem o seu senso de paladar e desaparece a possibilidade de usufruir plenamente a sua cerveja preferida.
E lembre-se: os nutricionistas alertam que qualquer produto consumido em quantidades excessivas pode levar ao excesso de peso.
Fonte: BelgianShop WeekLetter 1367 - 26/11/2008
Traduzido e Adaptado por Matthias R. Reinold
Em breve, você poderá ser capaz de comprar cerveja em uma loja de alimentos saudáveis. Os cientistas estão desenvolvendo um novo tipo de cerveja que aparentemente combate o câncer. Mas não comece a beber agora.
Mesmo com o calendário em dezembro, alguns pesquisadores estão brindando à Oktoberfest durante todo o ano. A razão é nova informação sobre um composto anti-cancerígeno na cerveja. A descoberta poderia levar a melhores cervejas e suplementos. Assim, quando você levanta um copo e diz: "Para sua saúde", essas não serão palavras vãs.
Pesquisadores alemães estão trabalhando em uma nova elaboração de cerveja que aparentemente combate o câncer. O segredo é um composto encontrado no lúpulo - xanthohumol."Xanthohumol tem se mostrado uma substância muito ativa contra o câncer", disse o pesquisador de cerveja, Dr. Markus Herrmann.
Xanthohumol é um dos principais ingredientes da cerveja. E apesar dos lúpulos não serem novos, os cientistas descobriram que o xanthohumol é um poderoso antioxidante. "Ele vem em glândulas pequenas e pegajosas, que você encontra dentro do lúpulo", disse Herrmann.
O xanthohumol inativa as enzimas chamadas de citocromos P-4; elas podem ativar o processo canceroso. Ele também ajuda o organismo a eliminar substâncias carcinogênicas, interrompendo o crescimento tumoral em uma fase inicial.
Estudos preliminares na Universidade Estadual do Oregon mostram que o xanthohumol pode eliminar câncer da mama, cólon, ovário e da próstata. "É muito saudável", disse o Professor Werner Back da Universidade Técnica de Munique. "Acho que os ingredientes da cerveja são muito bons."
Os cientistas dizem que o xanthohumol contém antioxidantes mais potentes do que a vitamina E. No entanto, os seus benefícios à saúde não param por aí - estudos agora estão mostrando que ele também reduz a oxidação do mau colesterol.
Mas apenas bebendo mais cerveja não irá fazer efeito. Seria preciso beber 60 cervejas comuns para igualar o montante de xanthohumol que os pesquisadores são capazes de obter nesta única cerveja. É por isso que os cientistas estão agora trabalhando em maneiras de dar a todas as cervejas níveis mais elevados de xanthohumol, e até mesmo encontrar formas de adicioná-lo a outros alimentos, como o chocolate.
E lembre-se, assim como o chocolate: quanto mais escura a cerveja, melhor é para você.E há potencialmente mais benefícios da cerveja. Outros compostos encontrados no lúpulo são potentes fito-estrogênios. Os cientistas dizem que esses compostos poderiam finalmente ajudar a prevenir os fogachos da pós-menopausa e a osteoporose.
Fonte: BelgianShop WeekLetter 1334
Traduzido e Adaptado por Matthias R. Reinold
Nos quentes dias de verão vale antes de tudo a regra: beber muito! Em temperaturas elevadas o corpo sua mais, e com o suor são excretados minerais importantes para a vida. Já em temperaturas normais deveríamos beber diariamente de 1,5 a 2 litros; no verão devem ser adicionalmente 1 a 2 litros de bebida que contenham minerais, para compensar as perdas. Quem quer se alimentar de modo saudável e consciente das calorias, – levando em conta que deve ter sabor – não tem a vida fácil.
A cerveja sem álcool é a bebida ideal para o verão. Ela preenche todas as exigências dos especialistas em nutrição – a cerveja (sem álcool e normal) contém substâncias minerais em abundância, que podem ser rapidamente assimiladas pelo corpo. Adicionalmente: a cerveja quase não contém açúcar e apresenta muito poucas calorias e, além disso, é um produto natural rico em vitaminas, produzido sem a adição de qualquer produto químico.
Na tabela de calorias da obra "Dicionário de valor nutricional e calorias" (*) a cerveja sem álcool está cotada como a número um. Com 52 quilocalorias (kcal) ela vence a limonada (84 kcal) assim como o suco de maçã, que apresenta 98 kcal. Bem distante está o refrigerante sabor cola, com 122 kcal.
Teor calórico em 200 ml:
Cerveja sem álcool: 52 kcal
Limonada: 84 kcal
Cerveja pilsen: 84 kcal
Suco de maçã: 98 kcal
Refrigerante sabor cola: 122 kcal
(*) Dicionário de Valor Nutricional e Calorias - Schlütersche Verlagsgesellschaft, 2003
Fonte: DBB
Traduzido e Adaptado por Matthias R. Reinold
Não adianta contar calorias compulsivamente e, na hora de encher o copo, não prestar atenção no que se bebe. A cerveja, segundo o site da revista BOA FORMA, é uma opção problemática para quem quer perder peso. Um chope de 300 ml tem, em média, 150 calorias. Pode não parecer tanto, mas o difícil é parar no primeiro copo. É nessa hora que todo o esforço do regime não vale mais nada.
Existem poucos estudos avaliando se a cerveja interfere, ou não, na medida da cintura. Porém, um dos principais é feito por equipes de cinco centros de estudos da Dinamarca e publicado na revista americana International Journal of Obesity, que revela que a bebida aumenta, sim, a circunferência do abdômen. Está certo que, para isso, é preciso beber mais de cinco copos todos os dias da semana. Mas os brasileiros que bebem chegam perto disso, inclusive as mulheres. Na balada, elas pedem uma, depois outra, mais uma, até a quarta garrafinha.
Segundo a nutricionista Adriana Kobayashi, da Equilibrium Consultoria em Nutrição, e Bem-Estar, é importante também comer quando se está bebendo. Do contrário, os efeitos de embriaguez serão muito mais rápidos. E o enjôo no dia seguinte maior, alerta.
O segredo para não cair em outra armadilha que vai engordar é escolher porções que tenham proteína, gordura e carboidrato do bem. Uma torrada de peito de peru com azeite, por exemplo, é bem melhor do que um croquete de carne. Para se ter uma idéia do perigo, uma porção de provolone à milanesa tem cerca 800 calorias.
Mulher bebe menos: Não adianta lutar contra a fisiologia. Mulheres não podem e não devem beber como os homens. Por terem menos água no organismo (52%, contra 61% nos homens) as mulheres atingem uma taxa de álcool no sangue mais alta em um menor intervalo de tempo, diz a endocrinologista Gláucia Duarte, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.O álcool pode, inclusive, mexer com os hormônios. Em excesso, a bebida alcoólica altera o metabolismo do estrogênio hormônio feminino que, em desequilibro, age da mesma forma que a insulina contribuindo para os estoques de gordura, completa Andréia Naves, diretora da VP Consultoria em Nutrição.
Consuma em doses moderadas: A cerveja, por outro lado, pode ser boa para o coração. Segundo estudos científicos realizados em diferentes países, a bebida fermentada tem uma grande quantidade de vitaminas do complexo B, além de antioxidantes substâncias que ajudam a reduzir o colesterol ruim e elevar o bom. Mas, para se obter esses benefícios, a dose deve ser moderada: uma latinha da bebida, três vezes por semana (quatro no máximo).
Porém, os médicos advertem: quem tem gastrite, úlcera, diabetes, nível de triglicérides alto, antecedentes de alcoolismo na família ou excesso de peso não deve beber, nem mesmo moderadamente.
Fonte: Portal Abril – Mulher / Notícia & Estilo - 14/08/2008