Exemplo: o Walmart adotou venda on line e comprou a Jet.com, empresa de e-commerce. A GM comprou a Lift, de compartilhamento de viagens. A Disney, frente a ameaça da Netflix, fez seu próprio streaming e marcou data para distribuir seus filmes só por ele.
O problema é a velocidade desse “amazonar-se”. Em dezembro, a rede de farmácias CVS pagou US$ 77 bilhões pela Aetna, empresa de seguro de saúde, porque gigantes digitais vão entrar na área de remédios.
Será que o trabalho, ou melhor, o desenho das carreiras, não precisa prestar atenção ao que acontece com o capital? Recrutamento e seleção estão cada vez mais dominados pelo big data. É ele que aproxima a vontade dos talentos às necessidades das empresas. Essa fase já é fato. O importante é perceber que evolução profissional também precisa ter “dimensão digital” em suas estratégias.
Em janeiro, na Feira Internacional de Produtos Eletrônicos de Consumo de Las Vegas, os assistentes digitais fizeram muito sucesso. Matéria do Financial Times (de 9/1), assinada por Tim Bradshawn, mostrou a pressa das empresas em fechar parcerias com os assistentes da Amazon e Google para a era da “internet das coisas”. Um diretor da concorrente Samsung, H S Kim, resumiu o papel do Bixby, o assistente digital da companhia: “Ele descobrirá o que você quer, antes de você sequer ter de pedir”.
Dimensão digital de carreiras talvez seja exatamente isso: descobrir o que o mercado quer antes de ele pedir. Não é o que o Bixby já faz?
Fonte: Época Negócios - 15/02/2018