Todos nós temos sonhos – ou já tivemos um dia, antes de sermos consumidos pela rotina, sufocados pelo peso da luta de cada dia. O que aconteceu?
O aumento das responsabilidades e as dificuldades encontradas nos impuseram uma trajetória que nos distancia daqueles sonhos.
Quantos de nós hoje fazem o que não gostam, aturam um chefe insuportável, não se relacionam bem com o companheiro (ou companheira), convivem pouco com os filhos, equilibram-se numa corda bamba, afundados em prestações da casa própria?
Mergulhadas na luta para sobreviver, as pessoas negligenciam seus ideais e vão perdendo a capacidade de sonhar. Levam vidas sem direção, sobrecarregadas e insatisfeitas, escravas de construções burocráticas, na fantasia de que um dia tudo mude – se ganhar na loteria, se Deus mandar bom tempo, se o chefe enxergar suas capacidades, se, se e se...
Você já imaginou como será sua vida dentro de alguns anos? Sairá de casa para trabalhar onde deseja? Estará fazendo o que gosta? Morando onde quer? Convivendo com os amigos que deseja?
Se não houver ações claras e direcionadas da sua parte, não se iluda: tudo pode continuar exatamente do jeito que está. Empreender sonhos não é obra do acaso. Requer gestos conscientes. As pessoas que dão certo acreditam nos seus sonhos. Traçam planos para realizá-los. Envolvem outras pessoas na mesma causa. Ultrapassam os obstáculos. E com muita determinação mudam sua história e, um pouco, a do seu tempo.
Sonhar com os olhos abertos diz respeito às escolhas que fazemos: o negócio ao qual vou me dedicar, os clientes que pretendo atender, a educação que desejo para meus filhos, a causa que vou abraçar.
Acorde para sonhar. Não se angustie tentando adivinhar o futuro. Invente seu futuro para não ser mero coadjuvante dos sonhos de outros. Sonhar é inventar hoje – o futuro.
Fonte: Revista Ícaro, por Cleber Souza – Maio 2004