Um ambiente com os estímulos corretos pode levar à motivação desejada pela corporação dos seus funcionários
O homem, um ser 98,6% semelhante ao chimpanzé, precisa de um ambiente corporativo que o motive muito mais do que o salário. O refeitório, o uniforme, a carteirinha de identificação, os horários, as pessoas com quem trabalha e o conjunto desses fatores são de extrema importância para a motivação. Uma empresa que não favorece o vínculo entre seus funcionários com incentivos, ou não se preocupa com a vida do indivíduo e sua família, perde grau motivacional.
Essa semelhança influencia na reação a estímulos, que pode ser igual aos estímulos feitos em macacos, já que a ação estímulo-resposta estudada em animais pode ser desenvolvida também para o ser humano. Um ambiente com os estímulos corretos pode levar à motivação desejada perante a corporação e seus funcionários.
E quem acredita que o fator de mais estímulo no ambiente de trabalho é o salário, se engana. De acordo com uma pesquisa feita pelo psicólogo Frederick Herzberg, realização, reconhecimento e responsabilidade aparecem como os principais estimulantes para um bom desempenho. O salário aparece em quinto lugar, e ainda assim como uma condição de desmotivação.
Ao contrário a muitas afirmações que consideram a motivação uma característica pessoal, na verdade ela é o resultado da interação entre o indivíduo e a situação, como um processo de satisfação de necessidades que significam algum estado interno do indivíduo e que faz certos resultados parecerem atraentes.
Na verdade, uma empresa desorganizada destrói a motivação de um funcionário. A aspereza e a dificuldade em estabelecer vínculos e manter carinho na relação líder-subordinado pode ser um problema, pois os seres humanos são como os animais e precisam de vínculos. Do mesmo modo que o homem mantém vínculo com seu cachorro para que o animal o respeite, o supervisor precisa manter vínculos com sua equipe para ser respeitado.
A realização profissional é outro aspecto relevante, pois implica na percepção do empregado perante a importância do seu trabalho para a organização como meio de sentir-se valorizado. Se a empresa não mostra o que produz, não mostra sua posição no mercado, conclui-se que não há uma capacidade de atender à realização dos indivíduos, pois os profissionais não vêem o resultado final daquilo que fazem. As intenções de trabalhar em direção a uma meta são as principais fontes de motivação de trabalho. Isso porque, *dizem* ao empregado o que é preciso fazer e quanto esforço ele vai precisar dispor.
Dessa maneira, é possível dizer que metas específicas melhoram o desempenho, mas metas difíceis, quando aceitas, resultam num melhor resultado do que metas fáceis. Além disso, o feedback, que deve ser dado pelos supervisores, leva a um melhor resultado,já que age para guiar o comportamento do indivíduo e contribui para o crescimento de uma organização, principalmente após ter cumprido metas, seja elas acordadas ou estabelecidas. Muitas vezes, dirigentes têm medo de fazer o reconhecimento, ou seja, dar o feedback, para não perder poder, quando, na verdade, o que se pode perder, certamente, é força motivacional. Portanto, o empregador deve se lembrar que o que um bom empregado realmente precisa é sentir-se valorizado pelo que faz.
Fonte: Portal Empreendedor, por Luiz Fernando Garcia – 03/03/2008