A multicanalidade é imprescindível para o sucesso de qualquer empresa nesse mercado frenético que estamos vivendo. O mundo atual demanda que sejamos todos multi. Multi-homem, multitarefa, multimulher, afinal as mulheres estão conquistando, com todos os méritos, lugar de destaque nas artes, nos esportes, nos negócios e demais setores.
O multicanal na indústria de bebidas
O multi também atingiu as empresas de bebidas. Há anos surgiu o movimento Total Beverage Company. Mais atual impossível! Recentemente, a Ambev anunciou a entrada em bebidas alcoólicas que não são cervejas, a unidade Future Beverages, comandada por uma mulher. Logo depois, a Coca-Cola anunciou a entrada no mercado de cervejas. Ou seja, quem está de um lado tem que passar para o outro e vice-versa!
O multi também chegou nas mídias, agora todo mundo é multimídia, assim como no varejo: é chique ser omnichannel.
A multicanalidade é imprescindível para o sucesso de qualquer empresa nesse mercado frenético que estamos vivendo. Restaurantes sentiram isso na pele e tiveram que se reinventar com o delivery e outros formatos de entrega. Com o fim das restrições, o food service começa a retomada, mas não pode abrir mão de ser multicanal. Afinal, essa pode ser a diferença para um faturamento maior do que antes da pandemia. Esses estabelecimentos precisam manter a força do delivery e voltar a dominar o salão, entregando ao cliente uma experiência sensacional.
A multicanalidade é, portanto, a bola da vez dos negócios. Aumentamos as opções de canais e nossos clientes gostaram.
Prova disso é o setor de vinhos. Antes da pandemia ninguém imaginava que esse setor cresceria tanto. O vinho surfou duplamente: no aumento das vendas online e no crescimento do consumo. Os vinhos tinham vendas concentradas, basicamente, nos supermercados e conquistaram o canal online. Por outro lado, as empresas que vendiam vinhos exclusivamente pela internet e B2C passaram a atender o B2B e utilizar outros canais como as lojas físicas. Conclusão: as vendas de vinhos finos bateram recordes em 2020 e de janeiro a junho deste ano o crescimento foi de 41,15% passando de 10,8 milhões de litros para 15,2 milhões de litros, segundo dados oficiais da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).
Com o fim das restrições de circulação, as vendas em bares e restaurantes voltarão ao normal, assim como no varejo tradicional, mas os vinhos não deixarão de vender através dos canais online, ou seja, a multicanalidade fez muito bem ao setor e, com certeza, será ampliada.
Infraestrutura
Nessa fase, o investimento em tecnologia, processos e em capacitação é essencial. Tudo ainda é muito novo e precisa de melhoria.
Os dados fazem toda a diferença nos processos produtivos atuais, mas a maioria das empresas não estava preparada para coleta e utilização dos dados. Transformar dados em informação e eficiência é um dos principais ganhos dessa nova tecnologia.
Outro ponto para melhorias é a logística. As entregas de vinhos, só para ficar no mesmo setor, demoravam mais de uma semana, pelo menos. Hoje já estamos falando de 1 ou 2 dias com total confiabilidade sobre as condições de recebimento do produto. Os canais de vendas também receberam investimentos e, atualmente, as interações são rápidas e, em alguns casos, personalizadas.
Finalizando, outro fator importante são os meios de pagamentos. Ferramentas de fácil utilização, ágeis e seguras devem ser instaladas para integrar o sistema e facilitar a vida dos usuários. Precisamos aproveitar a multicanalidade e, para isso, temos que estar preparados e sempre atentos às possibilidades de inovação!
Fonte: (Por Carlos Donizete Parra) - Engarrafador Moderno – 19/08/2021