Virou hábito disseminado, durante o trabalho (seja em que local for), navegar pela internet, ouvir música, pesquisar, escrever e manter-se conectado a redes sociais, tudo ao mesmo tempo. Cuidado. Um estudo do Bryan College, dos Estados Unidos, questiona o mito de uma pessoa ser capaz de realizar “multitarefas” seguidas.
Nada indica que esse indivíduo produza mais que outro concentrado em uma só obrigação. Funcionários que costumam alternar tarefas mais de 20 vezes durante o período de uma hora acabam perdendo 15 pontos de Q.I. durante testes cognitivos feitos pelos autores. É uma pancada séria, equivalente ao efeito de uma noite de insônia.
Os profissionais de 18 a 34 anos incluídos na pesquisa mudaram o foco de atenção mais vezes ainda, cerca de 27 por hora. Os resultados ruins vêm em cadeia – baixa capacidade de decisão, aumento de estresse e queda de criatividade. O prejuízo é perceptível também na qualidade do trabalho. Os autores detectaram ainda correlação entre os hábitos multitarefa e uma baixa densidade em áreas do cérebro ligadas a controle emocional.
O estudo sugere que o profissional administre melhor como gasta atenção e tempo. Já o empregador deve conter as jornadas da equipe dentro de limites saudáveis e ajudar o funcionário a exercitar a concentração – ioga e meditação podem contribuir para esse esforço.
Fonte: Época Negócios - 04/05/2018