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loja virtual 24 05

Você está começando a empreender e decidiu que seu primeiro negócio seria por meio da internet? Não está sozinho: o crescimento das receitas do comércio eletrônico no Brasil deve acelerar em 2017, segundo a consultoria Ebit. Segundo o Sebrae, mais de 70% dos empreendedores de e-commerce são pequenos ou médios.

As lojas virtuais atraem muitos empreendedores iniciantes, por fatores como não precisar investir pesado em um ponto comercial e poder vender para qualquer cliente no mundo.

Porém, nada é tão simples no mundo dos empreendimentos próprios: no meio do caminho, surgem dúvidas sobre como escolher o melhor produto e organizar uma logística eficiente, apenas para dar alguns exemplos.

Confira dicas de especialistas sobre as principais questões (e soluções, claro) para quem pretende entrar no ramo do comércio eletrônico.

Confira, a seguir, 10 respostas essenciais para quem quer abrir uma loja virtual:

1 – Tenho de criar um site para ter uma loja virtual?

Os especialistas concordam que não é necessário ter uma loja virtual para começar a operar no ramo do comércio eletrônico. É bem possível começar sem ter de investir no desenvolvimento de uma plataforma própria.

“Há uma tendência muito forte de vendas em redes sociais – Facebook, Instagram e WhatsApp, por exemplo”, explica Diego Feldberg, Diretor de Produtos Digitais e Inovação da Cielo.

Essas redes servirão principalmente como canais de audiência para que a vende se concretize em marketplaces, explica Bruno de Oliveira, especialista em e-commerce e criador do Ecommerce na Prática.com.

“Uma postura ativa em redes atrairá um público interessado por aquilo que o empreendedor fala e, consequentemente, por aquilo que ele vende. O Facebook e o Instagram são ferramentas que devem ser usadas para gerar audiência, que então converterá em vendas no Mercado Livre, por exemplo.”

2 – Como decidir o que vender?

A decisão sobre qual produto ou serviço comercializar é, provavelmente, a mais importante na hora de criar uma loja virtual. Para escolher, Oliveira recomenda fazer um planejamento baseado em uma autoanálise das suas motivações.

“Saiba em qual nicho você quer atuar, pensando em qual público você quer atender. Isso irá, eventualmente, influenciar a escolha do produto final”, aconselha o especialista.

3 – Como formar meu preço de venda?

Depois da escolha do produto, um próximo desafio é saber quanto cobrar por ele. Oliveira recomenda olhar tanto para seus fornecedores quanto para sua concorrência.

“Faça pesquisa com os fornecedores e cote o preço pelos produtos que você quer vender. Ao mesmo tempo, faça um comparativo com os valores cobrados por sua concorrência. Lembre que seu produto não precisa ser o mais barato, mas é preciso ser competitivo, ao mesmo tempo.”

4 – Vendo o que muitos outros vendem. Como me diferencio?

Se você trabalha com produtos de supermercado, por exemplo, não tem muito como fugir: você acabará comercializando produtos que muitas outras lojas virtuais também oferecem. Esse é um fenômeno que Feldberg, da Cielo, chama de “commoditização” dos produtos no ambiente digital.

“O ponto aí é saber como diferenciar seu site dos outros, mesmo vendendo o mesmo produto. É muito importante que você saiba qual valor seu varejo agrega ao público-alvo”, explica o diretor.

“Na sua loja de refrigerantes, por exemplo, sua Coca-Cola pode chegar rápido, de forma gelada ou em grandes quantidades. Em uma loja de roupas, você pode dar dicas de lifestyle – entregando um valor além do produto tradicional. Agregue mais informação e serviços em volta do seu produto, que por si só é uma commodity.”

Para Feldberg, esse é um benefício do e-commerce: um negócio pequeno pode concorrer com um grande, se você entender seu cliente e qual valor você entrega a mais para ele.

5 – Posso entregar meu site na mão da equipe de TI?

Muitos empreendedores querem entregar a administração do site na mão de uma empresa de tecnologia da informação, preocupando-se apenas com atender os clientes ou selecionar novos produtos, por exemplo. Porém, uma loja virtual não é feita apenas de tecnologia.

“A partir do momento em que você assume uma loja virtual, você lida com um monte de métricas novas e precisa mudar seus processos”, afirma Feldberg, da Cielo. Por exemplo, conversão de clientes e origens de tráfego.

“O projeto do site deve ficar também com a área de negócios, já que é preciso entender o comportamento dos clientes. A loja virtual pede um nível de entendimento muito mais amplo do que apenas o tecnológico, já assumido pela área de TI.”

6 – De quanto estoque eu preciso?

Outro ponto que gera muita dúvida em empreendedor é a quantidade de estoque necessária para operar uma loja virtual. Para o especialista e-commerce Oliveira, é possível abrir um negócio desses muito poucos produtos – ou até mesmo nenhum estoque.

“Começar com estoque reduzido pode inclusive ser uma vantagem, pois simplifica a operação e diminui as chances de apostar em muitos produtos diferentes, que depois não tenham demanda”, afirma. ” Indico que, após escolher o nicho em que irá atuar, o empreendedor defina um produto inovador e com alta procura para ser seu carro-chefe”.

Os outros produtos podem ter um estoque “terceirizado”: é possível trabalhar com a pronta entrega do fornecedor, por exemplo. Quando uma venda é feita, o lojista virtual procura esse fornecedor, faz a compra e envia o produto para o cliente.

A negociação a prazo é outra opção para um e-commerce sem estoque. “Nesse modelo, o lojista adquire certa quantidade de produtos e só paga o fornecedor dali a 30 ou 40 dias. Assim, ele ‘trabalha’ com o dinheiro do parceiro e ganha tempo para vender os itens que foram comprados.”

7 – Como gerar visitas para minha loja virtual?

Não basta criar uma loja virtual: é preciso trabalhar para atrair visitantes ao seu site – e transformá-los em clientes. Para isso, há várias estratégias, afirma Oliveira.

“Para começo de conversa, sempre digo que é preciso cuidar da sua marca e criar uma ‘causa’ em torno dela. Há alguns caminhos para isso, como oferecer conteúdo de valor, publicando posts e gravando vídeos com dicas nos seus canais nas redes sociais; enviar e-mails com periodicidade; oferecer cupons de desconto para quem trouxer um amigo para a loja; enviar lembretes sobre produtos adicionados ao carrinho que não foram comprados, sobre alertas de promoções ou sobre itens que não estavam disponíveis na loja, mas agora já estão.”

8 – Como funciona a logística?

A logística é essencial para todo e-commerce: sem fazer boas entregas, uma loja virtual não sobrevive por muito tempo.

Segundo Oliveira, nove em cada dez lojas virtuais trabalham com os Correios: a grande maioria das lojas virtuais têm produtos adequados para envio por essa opção.

“Recomendo que você comece com o PAC, que é a encomenda normal dos Correios, e o Sedex, que é o serviço expresso. Não se prenda ao contrato com os Correios para começar a operação da sua loja virtual. Como o volume será baixo no início, você ainda não precisará se preocupar com isso”, afirma.

“Já quando alcançar um volume maior de envios, o contrato com os Correios será inevitável para seu e-commerce, pois irá baratear o seu frete, além de disponibilizar o e-Sedex, dependendo da sua localidade.”

O e-Sedex, diz o especialista, é uma modalidade própria para lojas virtuais. Por meio dela, o custo é muito mais baixo e o prazo de entrega é o mesmo.

9 – Eu tenho que já começar sendo global para me dar bem?

Segundo Feldberg, da Cielo, ter uma loja virtual que atende o mundo todo não é tão simples quanto parece.

“Os cartões internacionais possuem um índice de fraude mais alto, o que já pede ferramentas mais desenvolvidas de análise de risco”, pontua. “Além disso, é preciso conhecer protocolos de exportação e importação para cada país relacionado.”

O diretor recomenda olhar para o Brasil todo, antes de pensar em internacionalização. “Atender o mercado nacional de forma completa já aumenta muito o escopo de vendas e relacionamentos dos nossos clientes. O fato de ser global é menos relevante para o empreendedor inicial, por ser algo bem mais complexo.”

10 – Como lidar com trocas e devoluções?

Por fim, um último ponto que gera dúvidas em muitos futuros empreendedores digitais é a política de entrega, troca e devolução no comércio eletrônico.

Essas políticas devem ficar muito claras para o consumidor. “Exponha suas políticas de forma clara, defina prazos e estabeleça quem deve pagar o frete em caso de devolução ou troca. Tudo isso precisa estar 100% claro para o cliente”, alerta Oliveira.

Além disso, o especialista recomenda investir nos canais de atendimento ao consumidor – como chat online no site, Instagram, Messenger e WhatsApp -, que devem ser ágeis e eficientes. “É fundamental oferecer um bom atendimento aos compradores, antes, durante e após as vendas.”

Fonte: New Trade - 24/05/2017

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