Gestão e Negócios
Minha primeira escrivaninha tinha uma granada de mão desativada em um canto e um caderno em outro, diz Lizz Schumer, do The New York Times, no artigo que segue.
Como assistente de relações públicas de Kathy Hochul, funcionária do Condado de Erie na época, meu trabalho era fazer com que o escritório (e por extensão, Hochul) parecesse ótima. A granada me lembrava que era preciso uma confiança decisiva para fazer isso bem. E o caderno continha conselhos sobre como desenvolver isso, muitos dos quais eu ainda estou aprendendo.
Quando Hochul me deu meu primeiro emprego de verdade, ela também me ensinou como fazer um escritório funcionar. Ela me treinou sobre como me fazer ouvir em uma sala cheia de profissionais mais velhos e experientes. Comigo inclinada sobre seus ombros, ela editou os materiais que escrevi para ela, aprimorando e aguçando minha voz. E quando eu deixei sua campanha ao Congresso antes da eleição para aceitar um emprego como repórter de jornal, ela defendeu minha decisão.
Mentoria faz a diferença, especialmente para as mulheres
“Quero que as mulheres das quais sou mentora e que estão ao meu redor vejam essas possibilidades, como elas poderão fazer a diferença quando, algum dia, estiverem no comando”, disse Hochul, agora vice-governadora de Nova York. “Eu quero que elas tenham uma visão mais ampla de seu potencial. E para mim, mentoring é tudo sobre deixá-las ver e depois ajudá-las a encontrar o caminho para chegar lá.”
Embora a orientação beneficie todos os participantes, é especialmente importante para as mulheres jovens. Um estudo de 2015 da Faculdade de Administração Hass da Universidade da Califórnia verificou que as mulheres ganharam mais capital social da afiliação com um mentor de alto status do que os seus colegas do sexo masculino. O Departamento do Trabalho informa que hoje 57% das mulheres participam da força de trabalho. À medida que a avaliação demográfica da força de trabalho continua a mudar, incentivar mentores e seus discípulos a procurarem uns aos outros pode ser mais importante do que nunca.
Por que mentoring funciona
A orientação traz avanço para carreiras. Um estudo no Journal of Applied Psychology descobriu que pessoas com mentores são mais propensas a receber promoções. Isso não é por acaso. Jenni Luke, principal executiva da organização nacional de orientação para adolescentes StepUp, sabe que essas relações podem ajudar a impulsionar as jovens mulheres para o sucesso.
“Quando entro em uma sala cheia de pessoas e digo: ‘Levante sua mão se você conseguiu o emprego por meio de alguém’, todas as mãos se levantam”, disse Luke. “Cada pessoa na terra tem um capital social e você quer usá-lo com intencionalidade.”
Mentoria também expõe ambas as partes para novas ideias e perspectivas. Arlene Kaukus, diretora de serviços para carreiras da Universidade de Buffalo, disse acreditar que isso está se tornando cada vez mais e mais importante, à medida que os dados demográficos no local de trabalho continuam a mudar.
De acordo com a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA, até 2024, menos de 60% da mão de obra provavelmente se definiria como “branca não hispânica”. Os latino-americanos podem representar 20% da força de trabalho em 2024. A proporção de afro-americanos entre os trabalhadores também está projetada para subir, para 12,7% em 2024 dos 12,1% em 2014, e a proporção de asiáticos para 6,6% em 2024 dos 5,6% em 2014.
“A importância de poder ver as coisas a partir do ponto de vista das pessoas diferentes com base em sua experiência de vida, sua cultura, sua etnia, seu gênero, se torna ainda mais importante”, disse Kaukus.
O que o mentoring faz pelos mentores
Luke enfatizou que a orientação não deve ser paternalista. “É bastante recíproca e há muito a ser aprendido com a geração mais jovem”, disse ela. Ambos os lados estão “conhecendo tipos diferentes de pessoas, compreendendo diferentes experiências e realmente desenvolvendo sua própria rede de profissionais jovens e promissores para poder apoiar ou oferecer oportunidades”. Kaukus, que também é voluntária como mentora de estudantes internacionais, disse que também aprendeu muito com aqueles que ela orienta.
Não busque mentores só no trabalho
Embora as mentorias formais costumavam ser de praxe no mundo empresarial, elas caíram no esquecimento. Um estudo da Harvard Business School sobre mentoring constatou que qualquer profissional com mais de 40 anos poderia nomear um mentor, mas apenas alguns jovens entrevistados poderiam. A solução: reimaginar como os funcionários encontram mentores e como esses relacionamentos funcionam.
Em particular, procurar mentores fora de sua equipe no trabalho pode fornecer um “espaço seguro” para perguntas que talvez você não se sentisse à vontade para fazer a um gerente ou a alguém a quem você se reporta diretamente. Esse relacionamento aberto e honesto pode ajudar as pessoas a se sentirem mais apoio no trabalho e, como Kaukus apontou, na vida.
O que torna uma mentoria eficaz?
Mesmo que qualquer pessoa possa servir como mentor, os mentores eficazes cultivam algumas características-chave. “Os mentores dos quais nossas meninas mais gostam são aqueles que são ótimos ouvintes, que veem seu potencial e estão dispostos a dar apoio, em qualquer situação”, disse Luke. “Se eu não estiver compartilhando com você as experiências específicas que ajudaram a moldar minha opinião sobre como fazer as coisas, então não estou realmente ajudando você.”
Clareza e comunicação também são mutuamente importantes. “É realmente útil conhecer as metas concretas que você está perseguindo”, disse Brodsky. “Você também deve ser claro com o mentor sobre por que o que você espera ganhar.”
Kaukus recomenda que se diga a um mentor em potencial por que você o escolheu em particular. E que ponto da carreira, personalidade ou profissão dessa pessoa que o levou até eles.
Como começar
Se você deseja ser um mentor ou ser orientado, consulte o departamento de recursos humanos e procure por organizações profissionais às quais você já tenha pertencido como ponto de partida. Kaukus também aconselha aqueles que fazem parte de uma rede de faculdade ou de ex-alunos a não esquecer tais conexões.
Para aqueles que procuram orientar os outros, Hochul disse que não desconsidera sua capacidade de mentor não apenas formalmente, mas sim liderando pelo exemplo. Se os outros “puderem ver como superei os desafios da vida, e se isso os ajuda a superar esses obstáculos mais facilmente, então, para mim, isso é muito gratificante”, disse ela. ‘Eu tenho de saber que o nosso tempo fez a diferença”, e se nós o passamos “levando inspiração à próxima geração, então missão cumprida”.
Fonte: Estadão - 08/10/2018
Você aceitaria um emprego com a missão de salvar a empresa? Quando assumiu o cargo de presidente do Uber em 2017, Dara Khosrowshahi sabia que não seria fácil.
Um ano depois de entrar para empresa, sentando em frente ao CEO da Salesforce, Marc Benioff, durante o evento Dreamforce em São Francisco, ele fala sobre as transformações que promoveu.
O Uber passou por tempos difíceis antes de seu presidente e co-fundador, Travis Kalanick, renunciar em junho de 2017, após diversas polêmicas que arriscaram a reputação da empresa, como a denúncia de uma cultura tóxica, com relatores de assédios morais e sexuais e relatos de insegurança em corridas pelo aplicativo.
A missão de Khosrowshahi, ex-executivo da Expedia em Seattle, ao chegar no Vale do Silício era resolver os problemas da gestão anterior e salvar a empresa. “Quando entraram em contato a primeira vez sobre o cargo, eu disse ‘sem chance’, depois pensei que deveria aceitar”, confessa.
“Você nunca entra nessas situações achando que vai ser fácil”, comenta o CEO do Uber para Benioff. “Mas eu aprendi mais nesse ano do que nos últimos cinco”.
Segundo o CEO, ele passou por dias difíceis, mas com consciência de que seu trabalho estava fazendo a diferença. Para Khosrowshahi, existem três fatores decisivos para tomar uma decisão na carreira.
Primeiro, se ele pode trabalhar com pessoas que o inspiram e que ele respeita. Em segundo lugar, se no novo lugar ele pode ver que seu trabalho como indivíduo faz a diferença. Por fim, se a nova companhia está fazendo a diferença.
Com seu trabalho, ele diz que encontrou o “coração” do Uber, os valores prioritários que guiam o trabalho da empresa que revolucionou o transporte pelo mundo.
Para ele, um serviço de mobilidade como o Uber significa liberdade para seus usuários e motoristas. Mas a prioridade do serviço é a segurança. “Temos que ter certeza de que estamos fazendo tudo para que o serviço seja o mais seguro possível”, diz ele.
O problema que Khosrowshahi encontrou no Uber não é isolado. Muitas empresas do Vale do Silício tem esbarrado em obstáculos morais sobre o uso da tecnologia e a sobre a cultura no ambiente de trabalho.
Benioff alfineta os colegas, sem citar nomes, mencionando casos de companhias que estavam construindo armas com inteligência artificial sem avisar os funcionários ou companhias que viram seus executivos abandonarem pedirem demissão por não concordarem com os valores.
Chamando o outro de “CEO salvador”, o presidente da Salesforce pede que ele dê um conselho como novato do Vale do Silício para os executivos que se encontram em apuros com problemas e polêmicas dentro de suas empresas.
E sua receita para salvar os CEOs tem um simples passo: “apenas faça a coisa certa”.
“O problema é que não há uma receita exata do que isso significa. Nós somos falíveis, nós vamos errar. Porém vindo de um lugar honesto, se você for transparente e estiver tentando fazer o certo dia após dia, então você vai acertar. Você vai cometer erros, aprender e mudar. Erros são ‘ok’ se você enfrentá-los. Aprenda e seja melhor”, aconselha ele.
Para finalizar a conversa, Marc Benioff pergunta: se houvesse uma máquina do tempo, o que você diria para o Travis?
“Diria algo que ouvi do meu antigo chefe: ouça o que você não quer escutar”, fala ele. “Existe uma regra universal que quanto mais você escala dentro da empresa, menos você sabe do que realmente acontece. Seu tempo é agendado, as pessoas precisam de aprovação para falar com você e as informações passam por assistentes”.
Segundo ele, é preciso manter o interesse pela verdade sem filtros e sem querer estar certo.
Fonte: Exame.com - 05/10/2018
Não é mais novidade que a simples presença no ambiente digital não é suficiente para o negócio ser encontrado ou prestigiado na internet. Ter um endereço na web e uma “cara” nas redes sociais pouco valerá se a empresa não explorar esses espaços com estratégias eficientes de marketing digital. Mas, para muitos empresários, o assunto ainda é pouco familiar e a percepção equivocada de que o trabalho de marketing digital é complicado e muito custoso faz com que esses negócios percam a oportunidade de desenvolverem suas marcas na web.
Ao contrário do que muita gente pensa, um plano estratégico de marketing digital é, sim, assunto para pequenas e médias empresas. A garantia é do Sócio-Fundador e Diretor Executivo da agência de marketing digital Calina, Daniel Palis. “Nossos clientes são pouco familiarizados com o marketing digital, que, de fato, tem um idioma próprio. Por isso atuamos para criar no cliente a cultura do marketing em ambiente online, tirando todas as dúvidas e explicando de maneira clara como os serviços que oferecemos podem impactar positivamente o negócio”, explica Palis.
E quais são essas estratégias? O criador da Calina explica 5 principais delas, traduzindo como funcionam na prática e de que forma ajudam as empresas a serem notadas na internet. Conheça cada uma delas:
- Encontrar o cliente com o perfil perfeito no Facebook
Os anúncios no Facebok são uma estratégia interessante porque eles normalmente fisgam o cliente no momento de lazer e quando ele tem algum tempo disponível. A estratégia é possível por meio do Facebook Ads, ferramenta de performance do Facebook que permite a veiculação de anúncios das marcas em diversos espaços da tela do usuário. Segundo Daniel Palis, o grande diferencial das ações de marketing nesse ambiente é que elas podem ser direcionadas para o público mais interessante para o negócio.
“Podemos construir um filtro bem específico, como perfis de mulheres de 20 a 40 anos, que moram no Rio de Janeiro e têm interesse em lazer e esportes. Além disso, é possível direcionar a estratégia, definindo, por exemplo, se o foco é em venda ou em engajamento do público com a marca”, detalha. De acordo com Palis, o Facebook Ads ainda engloba as campanhas a serem veiculadas no Instagram.
- Aparecer entre os primeiros na lista do Google
Ter o endereço do site no topo da lista de “sugestões” do Google para as pesquisas dos usuários é o sonho de muitos empresários. O que muitos deles não sabem é que isso é possível por meio do uso do Google Ads, ferramenta de Performance do Google. Ela permite a inserção de anúncios e links relacionados às marcas nas listas que são exibidas ao internauta após a busca. A propaganda pode ser direcionada para determinadas pesquisas e por meio de palavras chaves.
De acordo com Palis, as regras para utilização do Google Ads são um pouco mais complexas e funcionam a partir de uma dinâmica de leilão, no qual participam marcas do mesmo segmento e com as mesmas palavras chaves. Nesse sentido, quem tem melhores estratégias para a utilização do Google Ads e dispõe de mais recursos para a compra de palavras chaves aparece primeiro na lista do Google.
- Monitorar com tags
Um dos segredos para ter bons resultados com as campanhas de marketing digital é o monitoramento delas. Para isso utiliza-se as tags, que vão ajudar a diferenciar as estratégias que estão dando certo das que não levaram a resultados. Elas também ajudam a entender melhor a “jornada do consumidor”, que é o caminho que o internauta faz até a conversão.
As tags são trechos de códigos de programação que são inseridos nas páginas da internet e que são capazes de coletar informações importantes para a mensuração de resultados das campanhas. Elas trazem dados como quantidade de cliques em determinado anúncio, origem do tráfego, conversões, entre outros.
“A inserção desses diferentes códigos nas páginas pode ser confusa e difícil de administrar. Por isso utilizamos o gerenciador de tags Google Tag Manager (GTM). Com ele é possível controlar todas as tags em um único lugar, evitando a alteração do código fonte das páginas toda vez que for necessário a inclusão, exclusão ou manutenção de alguma tag”, explica Palis.
- Seguir o cliente na internet
Todo usuário ativo da internet já teve a experiência de procurar por um produto no Google e depois ser “perseguido” por anúncios dele. A estratégia é bastante eficaz para a conversão em vendas e só possível graças à utilização de “Cookies”, que é uma memória temporária do navegador.
Daniel Palis explica que uma marca pode utilizar uma tag de Remarketing Dinâmico em sua página ou e-commerce. Essa tag vai gerar um número aleatório (id), que será salvo nos Cookies do navegador do usuário que entrar na página. Esse número ficará associado aos produtos que o internauta pesquisou, colocou no carrinho ou eventualmente comprou. Dessa forma, é possível utilizar essa informação para criar campanhas de produtos que o usuário tem interesse.
“Essa estratégia é eficaz porque a marca impacta o cliente somente com anúncios que são do interesse dele. Com um anúncio mais relevante, a marca tem mais chance de conversão de venda”, completa o fundador da Calina.
- Construir uma página que será uma “máquina de venda”
Na busca pela conversão de vendas, as Landing Pages são uma solução prática. Conhecidas como páginas de aterrissagem ou páginas de conversão, as landing pages são páginas desenvolvidas com menos elementos e links do que as tradicionais. Com esse formato elas evitam distrações dos usuários e mantém o consumidor concentrado no foco da marca, que é a conversão. “É o tipo de página que possui todos os elementos voltados à conversão do visitante em lead, oportunidade ou cliente. Elas são muito usadas em campanhas de marketing digital, pois costumam ter altas taxas de conversão”, afirma Palis.
Fonte: Portal Newtrade - 04/10/2018
A orientação pode ser uma experiência extremamente valiosa para líderes empresariais aspirantes e estabelecidos. Trabalhar com um colega de apoio e mais experiente pode ajudá-lo a desenvolver a melhor versão de si mesmo. E orientar um colega em todo o seu potencial pode ajudá-lo a aprimorar suas habilidades de coaching e, ao mesmo tempo, moldar a próxima geração de líderes.
Mas se um relacionamento se desenvolve organicamente durante as pausas para café ou se origina de um programa formal de mentores corporativos, muitos mentores e protegidos sofrem concepções errôneas sobre o processo de orientação – como o mito de que há apenas um jeito certo de fazê-lo. “A coisa mais importante que você precisa lembrar sobre um relacionamento de mentor é que é individual, porque é sobre a pessoa”, diz Diane Brink.”Não há um script ou um procedimento operacional padrão.”
Brink foi Diretor de Marketing da IBM para Serviços Globais de Tecnologia até se aposentar em 2015 e agora trabalha como consultor e Diretor do Conselho. Ela também atua como fellow sênior e professora adjunta da Kellogg School. Ao longo de sua carreira, ela foi mentora de dezenas de protegidos e também teve seus próprios mentores. Brink baseia-se nessa vasta experiência para destacar cinco melhores práticas para mentores e aprendizes para aproveitar ao máximo esses relacionamentos.
Crie um ambiente livre de penalidades
A palavra “mentoring” pode trazer à mente a imagem de um estudante sentado subservientemente no joelho do professor. Apague isso. O mentor pode ter mais experiência do que o protegido, mas essa relação é sobre a troca de idéias, ao invés da operação da dinâmica do poder.
Brink enfatiza a importância de criar um ambiente confortável para que tanto o mentor quanto o protegido possam falar franca e livremente.
“A ideia por trás da relação de mentoring é que é um ambiente livre de penalidades”, diz ela. “Se você não criar um ambiente que seja aberto e confiável, talvez você não entenda o que está na mente de uma pessoa. A coisa mais importante que você pode fazer é dizer: ‘Olhe, somos apenas duas pessoas se juntando. Espero que eu possa compartilhar algumas perspectivas para você.”
Comprometa-se com o processo
Compartilhar essas perspectivas requer comprometimento do mentor e do protegido. Isso significa ter certeza de que você está totalmente presente quando você estiver junto.
“Alguns mentores fracassam porque não abraçaram realmente o papel”, diz Brink. “Eles estão lá para ouvir, mas não para se envolver. Pergunte a si mesmo: você está realmente presente quando está se encontrando com o seu protegido ou continua a executar várias tarefas ao mesmo tempo em todas as outras coisas do calendário? Isso não é muito útil “.
Fonte: Exame.com - 04/10/2018
À primeira vista, as palavras alface e blockchain não parecem ter qualquer relação plausível. Para o Walmart, porém, a união faz todo sentido. A maior rede varejista dos Estados Unidos começará a utilizar a tecnologia por trás do Bitcoin para fazer nada menos do que rastrear seus vegetais folhosos.
O projeto foi detalhado pelo New York Times. Segundo o jornal, a rede utilizará um banco de dados desenvolvido pela IBM para incluir informações sobre seus produtos e fornecedores para poder localizá-los de forma mais rápida e precisa. Os fatores são importantes, por exemplo, nos casos em que são descobertas contaminações. O principal destaque se deve ao fato de ele registrar todo o processo de transporte, que envolve várias etapas e muitas vezes não é feito de forma linear.
Além de enfatizar para os clientes a qualidade de seus alimentos frescos, a companhia busca reforçar a sua experiência digital com a iniciativa. O sistema também pode representar economia. Em casos de contaminação, o rastreamento permite que a rede localize e elimine apenas os lotes afetados. Segundo a reportagem, a IBM desenvolveu o banco pensando também em outros varejistas com projetos semelhantes.
Segundo o jornal, “o esforço do Walmart levará tempo para ser lançado”. Até lá, ele deve enfrentar questionamentos sobre o real diferencial desse sistema em relação aos bancos de dados tradicionais. “Eu acho que é principalmente uma ‘jogada de marketing’, assim essas empresas podem se vender como líderes de blockchain”, disse David Gerard, autor do livro Attack of the 50 Foot Blockchain (O Ataque do Blockchain de 50 pés, em tradução livre), em entrevista à reportagem.
Algumas das críticas envolvem, por exemplo, o fato de o banco não ser capaz de identificar possíveis fraudes nas etapas de transporte – como o caso de alguém substituir o conteúdo de uma caixa de espinafres por outro produto, ou mesmo por drogas. “Você precisa de inspetores humanos que conheçam as fraudes”, diz o autor.
Apesar disso, o Walmart diz acreditar no potencial da tecnologia. O foco nos vegetais verdes folhosos, segundo o jornal, se deve ao fato deles, tais quais a carne bovina, serem alguns dos principais focos de contaminação. “Podemos trazer confiança ao sistema”, diz Frank Yiannas, vice-presidente de segurança alimentar do Walmart, ao jornal.
Fonte: Época Negócios - 02/10/2018
Mark Cuban é um investidor bilionário e um dos participantes do Shark Tank, programa que reúne alguns dos maiores nomes do empreendedorismo para ajudar pessoas que acreditam ter ideias inovadoras e que valem o investimento. Cuban vem de família humilde e sempre soube que para chegar ao topo era preciso perseguir todas as oportunidades.
Mas entre tantas coisas que ele já fez, tem uma que definitivamente não se importou: seguir sua paixão. “Uma das maiores mentiras da vida profissional é ‘seguir sua paixão’.
Todo mundo diz: faça o que gosta, aposte no seu hobby”, conta Cuban ao CNBC. Segundo ele, este é um conselho ruim porque você pode não se destacar em uma área que você é apaixonado.
Ele acredita que quando você gosta muito de uma coisa pode superestimar seu conhecimento sobre ela. Nem sempre você é bom naquilo só porque gosta. “Eu sempre fui apaixonado por beisebol. Meu sonho era ser um jogador. Quando fiz um teste descobri que meu arremesso chegava a 112 km/h, enquanto jogadores profissionais lançam bolas rápidas na faixa de 145 km/h e eu não queria uma rotina de treinos como as que os profissionais tinham”, explica.
Por isso, ele acredita que muitas vezes a melhor coisa é ter seus hobbies, mas trabalhar e investir seu tempo e dedicação para algo que possa lhe render frutos. “As coisas em que eu realmente fui bom foram as que eu mais me esforcei. Muitas pessoas falam sobre paixão, mas isso não é realmente o que você precisa se concentrar. É necessário avaliar onde você está colocando seu esforço e se isso vai dar retorno no futuro”, diz Cuban. Você não vai conseguir ficar rico com o seu hobby? Invista! Abra uma conta na XP.
A verdade, segundo ele, é que quando você é bom em alguma coisa, é prazeroso. “Vou contar um segredo: todo mundo quer ser o melhor no que faz. E, por intuição e senso-comum, as pessoas acreditam que são boas naquilo que realmente gostam. Mas, para ser um dos melhores, você precisa se esforçar – ninguém é bom só porque ama o que faz. Então, não siga suas paixões, siga seu esforço”, diz Cuban.
Além disso, ele afirma que “a única coisa na vida que você pode controlar é o seu esforço, é para onde você direciona seu tempo”. O bilionário realmente acredita que a paixão por algo pode mudar ao longo da vida. As experiências que você tem podem transformar seus gostos e modo de ver o mundo. Então se jogar em uma área profissional só porque gosta, nem sempre é o melhor caminho.
Além disso, Cuban acredita que quando você faz do seu hobby, o seu trabalho, você pode arruinar seu passatempo, porque ele vira responsabilidade.
Fonte: Época Negócios - 25/09/2018
Dentre as inúmeras maneiras de aprender como impulsionar sua carreira, assistir a documentários pode ser uma das mais simples e divertidas. Rodrigo Vianna, CEO da Mappit, consultoria de recrutamento especializada em cargos iniciais, elaborou o compilado com sugestões de títulos que podem ensinar sobre como alcançar bons resultados profissionais.
O especialista indicou também algumas dicas que podem ser extraídas de cada documentário – todos estão disponíveis na Netflix. A principal vantagem de aprender com esse tipo de produção é que explora a realidade e não é ficcional , então as lições ficam mais tangíveis.
Confira:
Chef's Table
A série documental tem três temporadas com seis episódios, e em cada um deles apresenta um chef do mundo mostrando sua rotina e filosofias na cozinha .
De acordo com Vianna, ao retratar a jornada que cada cozinheiro teve ao longo de sua vida até chegar no topo da carreira (ganhar uma estrela Michelin), o documentário reforça as competências necessárias para quem quer crescer profissionalmente.
Esforço, dedicação, comprometimento, entusiasmo e liderança são alguns atributos comuns a todos os chefs que aparecem durante a série e competências importantes também no mercado de trabalho. Outro aspecto interessante de observar é a relação que a vida pessoal de cada um tem com o lado profissional e onde e como eles procuram inspiração diariamente para evoluir. "Saber como se diferenciar no mercado de trabalho é um fator importantíssimo para quem almeja crescer na carreira e chegar no topo", pontua Vianna.
Principais lições que o documentário passa:
- Como dar o seu melhor para alcançar o sucesso;
- Como trazer aprendizados da vida pessoal para aprimorar a trajetória profissional;
The Final Year
Ser original e autêntico podem ser um grande diferencial. O documentário faz um registro único do último ano da gestão de Barack Obama como presidente dos EUA. A equipe do documentário acompanhou de perto as últimas viagens de Obama como presidente e a obra retrata a preparação política das ações que definiram o ano final da gestão.
Para Vianna, o documentário mostra os desafios de trabalhar em um ambiente de pressão, e a importância do planejamento e execução eficazes quando se tem um prazo para entregar algo. Este é um dos grandes desafios do ex-presidente em seu último ano de mandato, em um cenário que exige maturidade e resiliência.
Além disso, o documentário aborda um momento de encerramento de ciclo. "Mesmo que uma mudança de emprego aconteça de forma voluntária ou involuntária, devemos sempre tentar fazer o nosso melhor e construir uma imagem positiva a respeito do nosso trabalho", afirma Vianna.
Principais lições que o documentário passa:
- Como encerrar um ciclo e deixar um legado;
- Como lidar com um ambiente de pressão no trabalho.
On Yoga: Arquitetura da Paz
O documentário mostra a jornada do fotógrafo Michael O'Neill pelo universo da ioga durante 10 anos. O dilema é que ele foi obrigado a fazer uma cirurgia para corrigir um problema em um nervo do pescoço, mas como resultado ficou com um braço paralisado – o que poderia impedi-lo de fotografar. Mas ele não parou.
De acordo com o Vianna, este documentário retrata a busca de um profissional bem-sucedido por soluções e alternativas sem desistir do seu sonho, mesmo em condições adversas que poderiam acabar com sua carreira.
Não é raro nos depararmos com dificuldades e momentos no trabalho em que não sabemos o que fazer. "Buscar alternativas, mesmo que seja em lugares que até então nunca tínhamos parado para pensar, podem nos ajudar a abrir a cabeça e enxergar coisas além, que nos ajudarão a encontrar soluções", recomenda o especialista.
Principais lições que o documentário passa:
- Nunca desista dos seus sonhos;
- Busque alternativas e pense fora da caixa para achar soluções quando obstáculos surgirem.
Gun Runners
O documentário conta a história de dois ex-guerreiros tribais quenianos e ladrões de gado em um programa de anistia. Eles deixaram as armas para trás para se tornarem corredores de maratona.
Vianna comenta que uma importante lição a ser aprendida é como somos responsáveis pelas nossas escolhas. "Precisamos sempre lembrar que os responsáveis pela nossa carreira, somos nós mesmos. Devemos cavar oportunidades, sempre nos desenvolver e pensar o que queremos para o futuro no curto, médio e longo prazo", afirma.
Principais lições que o documentário passa:
- Você define seu futuro;
- Como enxergar uma oportunidade quando tudo parece estar errado.
Restless Creature
O documentário conta a história da bailarina Wendy Whelan. Ela ficou conhecida por seu comportamento fora dos padrões e sua longevidade nos palcos, além de seu talento. "Se eu não dançar, eu prefiro morrer", é sua frase famosa. Quando ela chegou aos meados dos seus 40 anos, o New York City Ballet começou a aliviar sua participação em papéis principais, e uma lesão séria do quadril exigiu uma cirurgia.
Ao se deparar com o possível fim de sua carreira de sucesso, a bailarina tenta se equilibrar emocionalmente. Neste momento, ela começa a enxergar outras oportunidades e vê que é possível se reinventar e continuar fazendo o que ama, mesmo longe do palco. "No mercado de trabalho e principalmente em momentos de crise, todo profissional precisa de reinventar e enxergar oportunidades. Continuar fazendo a mesma coisa e esperar resultados diferentes não funciona nessas horas", comenta Vianna.
Principais lições que o documentário passa:
- Reinventar-se é necessário;
- Nunca é tarde demais para recomeçar.
Fonte: Gazeta do Povo - 26/09/2018