© iStock garrafas de cerveja no balde de gelo
Pessoas que bebem pouco têm menos Alzheimer e outros tipos de demência do que os abstêmios (ou seja, quem não bebe nada).
Ué, mas beber não é péssimo para sua saúde? Bem, por isso mesmo essa relação entre pouca bebida (pouca mesmo!) e menos Alzheimer deixou até os cientistas meio desconfiados – mas um novo estudo parece ter descoberto o motivo.
A culpa seria do sistema de autolimpeza do cérebro, que só foi descoberto em 2012. Chamado de sistema glinfático (sim, com G), ele cresce em atividade durante o sono e remove toxinas.
Na época, o que impressionou os cientistas é que o sistema glinfático explica porque o sono é tão importante para a nossa saúde – além de fixar o aprendizado, dormir também ajudaria o cérebro a “limpar a casa” e eliminar acúmulos que poderiam trazer problemas.
Bem, um desses acúmulos se provou ter tudo a ver com o Alzheimer. Ainda que a causa da doença ainda não seja completamente esclarecida, sabe-se que pessoas com Alzheimer contam com grandes placas embaraçadas de proteínas betaamiloides. Elas se acumulam aos poucos, até chegar ao ponto de atrapalhar a atividade neuronal.
Sabe quem elimina proteínas betaamiloides? O sistema glinfático – especialmente enquanto você dorme. Mas além do sono, os pesquisadores têm indícios de que o álcool também poderia aumentar a atividade desse sistema. Mas, de novo, só em doses pequenas.
Em testes com ratos, os pesquisadores descobriram que uma dose diária de álcool equivalente a uma taça média de vinho acelera essa limpeza em até 40%.
Fonte: Super Interessante - 24/08/2018