O desenvolvimento tecnológico e as inovações disruptivas, além da resistência organizacional à mudança, serão as maiores preocupações de 2018 para diversos executivos espalhados pelo mundo. A pesquisa é assinada pela consultoria global Protiviti e deu origem ao relatório “Perspectivas de Executivos para os Principais Riscos em 2018”.
As expectativas globais para o novo ano são boas, e mostram que os próximos meses serão menos conturbados dos que foram em 2017. No ano passado, as incertezas econômicas lideraram o ranking dos maiores medos executivos, sendo escolhido por 72% dos entrevistados. Em 2018, entretanto, a rápida velocidade das inovações disruptivas e as novas tecnologias foram escolhidas como o risco mais eminente para as empresas. “As ameaças relacionadas à segurança cibernética impulsionaram este medo. Tanto que se tornou um risco à parte neste ano, particularmente depois de ataques cibernéticos em grande escala, como o WannaCry”, completa Fernando Fleider, sócio-diretor da Protiviti Brasil.
Outras preocupações foram destacadas pelos executivos: desastres naturais de impactos catastróficos, crescimento do mercado de ações, trocas de lideranças políticas, terrorismo, eleições na Europa e ameaças de conflitos nucleares.
O Brasil está marcado, especificamente, pelas incertezas políticas por conta do ano de eleições. De uma forma geral, na América Latina, o tema compliance continua na agenda dos executivos em função das prisões e processos judiciais, ocorridos não só no Brasil, como também no Argentina e Peru.
A consultoria preparou uma lista com os 10 maiores riscos identificados para os negócios em 2018:
- As empresas precisam se preparar para gerenciar os riscos das rápidas velocidades das inovações disruptivas e novas tecnologias, promovendo mudanças significativas nos atuais modelos de negócios;
- A resistência às mudanças não pode restringir a capacidade das organizações de realizar ajustes necessários nas formas de trabalho;
- Muitas empresas não estarão suficientemente preparadas para gerenciar ameaças cibernéticas em grande escala, como WannaCry e Mega Ataque, ocorridos na Europa em 2017;
- As mudanças de regulamentação e as exigências do regulador podem aumentar;
- A cultura da organização não irá incentivar a identificação e o reporte das questões de risco;
- Para não limitar o alcance de metas operacionais, é necessário que as empresas enfrentem o desafio de atrair e reter os principais talentos da companhia;
- Recursos deverão ser investidos para assegurar a boa gestão de privacidade e segurança da informação, da mesma forma como irão exigir a proteção do sistema;
- As condições econômicas nos mercados atendidos atualmente poderão restringir as oportunidades de crescimento;
- Para alcançar inteligência de mercado e aumentar a produtividade, é preciso melhorar a análise de dados a fim de que isso aprimore as operações e os planos estratégicos;
- As companhias existentes não serão capazes de atender as expectativas de desempenho relacionadas à qualidade, tempo de mercado, custo e inovação, como também os concorrentes, especialmente os que nasceram de forma digital e com uma base de baixo custo para suas operações.
Fonte: ProMark - 23/02/2018