A caixa de e-mail está lotada, fruto de alguns dias de folga, recesso da empresa ou até mesmo da explosão de mensagens de final de ano, com felicitações de clientes e fornecedores importantes. As reuniões de planejamento, feedback e alinhamento de equipes já tomarão conta da sua agenda nas próximas semanas. Essas atividades de início de ano já demandam muito tempo e foco. Você precisa dividir sua mente entre muitas atividades simultâneas e preocupações acumuladas.
Dados de uma pesquisa publicada na Harvard Business Review apontam que 67% dos líderes de empresas afirmam ter muita coisa na cabeça e pouca clareza sobre prioridades. Ao todo, foram mais de 35 mil respostas de profissionais de mais de 100 países. Outra característica identificada é que 73% alegam se distrair algumas ou muitas vezes durante a execução de uma tarefa.
Os principais inimigos destes líderes são a distração com outras pessoas e suas respectivas necessidades (26%) e a existência de mais de uma atividade considerada prioridade ao mesmo tempo (25%). Apenas 12% alegaram que a culpa para a falta de foco era de uma alta carga de trabalho.
A tendência de atender às distrações também está relacionada ao andamento do dia, e não apenas ao trabalho em si. Entre 9h e 17h, segundo os pesquisadores, os entrevistados apontam concentração de média para baixo, o que significa que neste período devam estar as atividades menos importantes e mais manuais. O padrão de comportamento, que varia pouco de uma pessoa para outra, indica ainda que o horário de “pico” para aquilo que demanda grande atenção deve ser por volta de 8h ou na faixa entre 18h e 22h.
O bom funcionamento do nosso organismo é outro elemento importante para manter o foco. Um corpo descansado, após horas adequadas de sono, bem alimentado com comidas saudáveis e de preferência ativo, motivado por exercícios físicos regulares, renderá melhor. E a mente exerce o mesmo papel. Rasmus Hougaard e Jacqueline Carter, autores da pesquisa e diretores da Potential Project – organização com soluções baseadas em mindfulness –, afirmam que emoções negativas reduzem o foco, pois a raiva, por exemplo, inibe um indivíduo de pensar com clareza, ao passo que emoções positivas o farão analisar melhor todo o cenário.
Fonte: Época Negócios - 03/01/2018