Mas um novo estudo publicado pelo Fórum Econômico Mundial sugere que quando o assunto é liderança, ter o QI muito alto não é algo tão bom assim. Pesquisadores da Universidade de Lausanne, na Suíça, descobriram que as pessoas mais brilhantes exercem lideranças menos efetivas.
O estudo foi feito com 370 líderes de empresas das mais diferentes áreas e espalhadas por 30 países, incluindo Alemanha, Itália e Noruega. A média de QI dos entrevistados era maior do que a da maioria da população (111, contra 100).
A capacidade de liderança foi avaliada através de dois questionários. Um, preenchido pelos líderes, media a habilidade de resolver conflitos, clareza ao passar instruções, adaptação a mudanças e eficiência para aprender. O outro foi preenchido por funcionários e colegas de trabalho, que discorreram sobre o estilo de liderança dos gestores.
Os pesquisadores descobriram que mulheres e pessoas mais velhas atingiam, de maneira geral, maiores níveis de liderança, mas o maior achado estava relacionado ao QI. Os respondentes com coeficiente de inteligência entre 120 e 128 foram os que apresentaram menor capacidade de motivar as equipes e de orientar para o cumprimento de metas.
Embora as razões por trás dessa tendência sejam difíceis de serem apontadas, os cientistas acreditam que as pessoas extremamente inteligentes podem ter dificuldades de comunicação, que impactam a maneira como passam instruções, além de falta de clareza ao dimensionar o nível de desafio das tarefas enfrentadas pela equipe.
Qual seria então o QI para um líder ideal? Essa conclusão não foi apontada pelo estudo, mas vale lembrar que as interações de trabalho são mais complexas do que isso e que para ter um resultado mais claro, o QI dos funcionários também deveria ser avaliado.
Fonte: Época Negócios - 05/12/2017