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No mundo dos negócios, é quase impossível encontrar quem não conheça o termo planejamento estratégico (PE). Essa ferramenta de gestão é a representação de um dos aspectos mais importantes na garantia da saúde de uma empresa. Basicamente, ela mostra para onde se quer ir e como chegar lá, em termos de crescimento e sustentação do negócio.

O curioso é que nem todas as empresas dão a atenção devida a esse planejamento. No PE estão descritas as tarefas a serem realizadas, de forma ordenada, progressiva e disciplinada, a fim de atingir os objetivos de sucesso da empresa. Mantê-la saudável e em desenvolvimento, basicamente depende dessas ações, principalmente, se levarmos em conta que o planejamento também analisa e considera os fatores externos e mutáveis do mercado.

Devido à sua importância, ele sempre deve ser desenvolvido pela liderança da empresa, mesmo que executado por toda a equipe. A ideia é responder “onde estamos?”, “para onde queremos ir?”, “como chegar lá?”. Tendo isso bem elaborado, a saudabilidade da empresa estará garantida com alguns poucos passos observados atentamente. São eles:

Análise do mercado: conhecer o campo onde se vai atuar é o mais importante. Pela estratégia militar, desde a antiguidade, o domínio do terreno garante muitas vitórias. Ter dados primários que indiquem tendências, comportamentos, notícias que englobem clientes, concorrentes, receptividade, etc, fazem toda a diferença. É possível manobrar as ações da empresa de acordo com o mercado, evitando perdas e aproveitando ganhos.

Conhecer a empresa: além de conhecer o mercado é preciso conhecer a sua própria empresa como a palma de sua mão. Sobretudo quando o PE é feito logo após sua abertura, em uma reestruturação ou reciclagem, é preciso revisitar setores, operações, rotinas e processos. Do custo do produto oferecido, passando pela logística de entrega, até a devolução por erros, é preciso entender a empresa de ponta à ponta, anotando onde mudar e averiguando riscos futuros.

Definição das metas: saber para onde se vai é primordial. Atirar no escuro não leva ninguém adiante. Com conhecimento do terreno é preciso saber o que se quer conquistar. Isso também inclui definir que público se quer atingir, tanto no âmbito de parceiros, como no caso de franqueados em uma franquia, como no do consumidor final que irá consumir seu produto ou serviço. Conhecer o nicho que quer ser atingido te permite agir em cima do que o atrai.

Definição dos caminhos: essa é a parte prática do PE, o dia a dia. Com toda a informação disponível, é preciso que se determine como atingir às metas, sanar os problemas internos, lidar com as dificuldades externas. Ações administrativas, limites, riscos, tudo deve ser determinado e viabilizado através de ações cotidianas. A ideia é tornar palpável o planejamento.

Flexibilidade: não podemos esperar que o mundo seja estático. Estar preparado para as mudanças é primordial. Tudo o que foi pesquisado e, até mesmo, as ações que funcionaram bem por anos, são passiveis de mudanças. O mundo está em movimento e, conforme ele muda, a empresa deve ter espaço para se adequar. Nada pode ser tão engessado que não funcione ou tenha alternativas à mínima mudança externa ou interna.

Monitoramento e avaliação de resultados: essa é a fase dois do processo. Após um tempo implementando o que foi planejado é preciso avaliar os sucessos e fracassos da operação. Aqui voltaremos à etapa de flexibilidade e talvez até mesmo à estaca zero. Esse é o principal medidor de saúde da empresa: o resultado. Mesmo com bons resultados, avaliações são sempre necessárias, já que certas “doenças na gestão” só podem ser observadas muito depois de iniciada. Mesmo assim pode ser tarde demais.

José Carlos Fugice Jr é administrador de empresas especializado em franquias e varejo com MBA em administração de empresas pelo CEAG FGV/SP, com experiência em mais de 150 projetos de franquias. É sócio fundador da GOAKIRA Consultoria Empresarial.

Fonte: New Trade – 16/02/2017

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